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11 de março: o dia que marcou o Japão para sempre

Amanhã o Japão marcará exatamente 12 anos do forte terremoto e tsunami que desencadeou um desastre nuclear e devastou a região nordeste do país. Mesmo após mais de uma década, as lembranças da destruição ainda repercutem nitidamente na mente das pessoas que viram suas casas e famílias desabarem.

Crédito: Kuni Takahashi/POLARIS/ Uma senhora cuja casa foi arrastada em meio aos escombros na área de Shinhamacyo, após o terremoto e tsunami de 11 de março.

Crédito: Hitoshi Katanoda/POLARIS/ O tsunami, medido em um local a 128 pés (39,01 m), arrasta carros ao se aproximar da cidade de Miyako.

As imagens do terremoto e a força da água chocaram o mundo, marcando um dos momentos mais tristes da história do Japão. O desastre deixou mais de 15.000 mortos e mais de 2.000 pessoas desaparecidas.

Crédito: Kahoku Shimpo/Esta foto foi tirada um dia depois que um terremoto de magnitude 9,0 atingiu o Japão em 11 de março de 2011, provocando um tsunami destrutivo

Segundo a Agência de Reconstrução, as mortes causadas por doenças ou suicídios ligados ao desastre, totalizaram 3.784 em setembro de 2021. Uma questão preocupante, pois a dor e o sofrimento ainda continuam repercutindo na mente dos sobreviventes.

11 de março: o dia que todo o Japão parou (vídeos)

Após mais de uma década, a infraestrutura nas áreas atingidas foi amplamente reconstruída, mas cerca de 38.000 pessoas ainda não voltaram para suas antigas cidades após o terremoto de magnitude 9,0 devastar a região e provocar colapsos no complexo nuclear de Fukushima Daiichi.

Ainda há uma zona proibida perto da usina de Fukushima, onde o trabalho de descomissionamento está programado para continuar entre 2041 e 2051.

A polêmica da liberação das águas radioativas

A liberação das “águas radioativas” no mar é uma questão que gera muita polêmica no Japão. A área de Fukushima continua a lutar com as consequências da contaminação nuclear à medida que a água radioativa do resfriamento de reatores danificados com combustível nuclear derretido se acumula.

No total, 1,25 milhão de toneladas de água contaminada (o que daria para encher cerca de 500 piscinas olímpicas) serão despejadas no mar.

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A decisão de lançar a água radioativa no mar, veio cinco anos depois que o governo japonês determinou que, entre cinco opções, incluindo evaporá-la na atmosfera, o despejo no mar seria a maneira mais barata e rápida de descartar a água.

A operadora da usina, Tokyo Electric Power Company Holdings, previu que a capacidade de armazenamento do tanque com capacidade de 1,37 milhão de toneladas seria esgotada até o outono de 2022.

Especialistas e uma grande parte da população local são contra a liberação da água e vários países vizinhos protestaram contra a decisão do Japão.

Infelizmente, o Japão é um dos países em que mais acontecem desastres naturais, mas é também um dos países mais resilientes. O dia 11/03 ficará marcado para sempre na história do Japão como um dos desastres mais impactantes que mobilizou o mundo inteiro para a reconstrução da área.

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