Governo japonês atrasa meta de inclusão de mulheres em cargos de liderança
O governo japonês adotou nesta sexta-feira (25) projeto que atrasa, em mais cinco anos, as metas de promoção de políticas de igualdade de gênero, depois de não ter atingindo nem metade da meta de 30% de promoção das mulheres à cargos de liderança, taxa estipulada para até 2020.
O novo plano de igualdade de gênero aprovado define metas para a participação das mulheres em vários campos da sociedade, sendo a nova meta de: 35 por cento de candidatas nas assembleias nacionais e locais até 2025; de 12 por cento em cargos de direção nas empresas listadas na Primeira Seção da Bolsa de Valores de Tóquio em 2022; e de 20 por cento de diretoras em escolas até 2025.
O plano político tenta promover mais mulheres no mercado de trabalho e busca por uma sociedade sem preconceito de gênero até 2030. No entanto, a sociedade japonesa ainda mostra-se amplamente conservadora, tornando difícil para as mulheres seguirem carreiras nos negócios e na política, ao mesmo tempo que precisam cumprir as responsabilidades esperadas nas tarefas domésticas e na criação dos filhos.
Por outro lado, o novo plano não conseguiu promover medidas proativas, como a possível revisão legal dos sobrenomes familiares, que permitiria os casais o direito de escolher se querem manter seus nomes de solteiros, refletindo a visão conservadora dos legisladores do governo Suga.
O Japão está especialmente atrasado no avanço de mulheres na esfera política. As mulheres representam menos de 10% no mais fortes partidos da assembleia, e ainda cerca de 40% dos governos locais não possuem representação de membros femininos, ou possui apenas um.
Um exemplo é o gabinete escolhido pelo primeiro ministro Suga, que tem apenas duas ministras entre os 20 membros.
Em 2019, o Japão ocupou o último lugar entre as principais economias avançadas no ranking de desigualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial, ficando em 121º entre 153 países, o recorde mais baixo do país.
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