Identidade étnica é mais forte na nova geração de Nikkeis
Em uma pesquisa sobre ascendência japonesa, foi revelado que as gerações mais novas tendem a ter uma consciência étnica mais forte. A pesquisa foi feita em nível global, em países como o Brasil e os Estados Unidos.
A Nippon Foundation foi responsável pela pesquisa, entrevistando cerca de 3,8 mil emigrantes de japonês, os considerados “nikkeis”.
Dentre as respostas da pesquisa, pessoas entre 18 e 34 anos, 74% responderam que possuem uma forte consciência sobre a sua identidade. Outros 19% disseram ter uma consciência média, enquanto 7% não possui muita consciência sobre a sua identidade.
Sobre a pergunta “Quão conectado você se sente em relação ao Japão”, 48% disseram sentir uma forte conexão, enquanto 31% se identificam como moderados, e 21% responderam que a conexão era fraca.
-Os 30 anos da comunidade brasileira no Japão
A história dos dekasseguis, brasileiros de ascendência japonesa que vieram ao Japão em busca de trabalho, começou em 1990, quando uma mudança na lei japonesa de imigração permitiu a entrada de nikkeis latino-americanos no país para atender às necessidades de mão-de-obra para a indústria japonesa.
Outro fator que influenciou os brasileiros a virem em massa para o Japão foi a crise fiscal nos anos 1980 a 1990, conhecida como “década perdida”, onde a inflação no Brasil atingiu os históricos 100%. Essa situação fez que um grande contingente de brasileiros da classe média buscasse alternativas no exterior como trabalhadores migrantes de baixa qualificação, principalmente nos Estados Unidos, no Paraguai, no Japão e na Europa.
Enquanto no Brasil, a década de 1980 foi caracterizada pela recessão econômica, inflação e desemprego, o Japão experimentava um “boom” econômico durante a segunda metade dessa década. As pequenas e médias empresas demandavam mão-de-obra estrangeira, e a situação como um todo foi favorável à vinda de brasileiros ao Japão.
Hoje, 30 anos depois, encontra-se diversos traços da presença verde-amarela no país, como por exemplo as centenas de escolas com currículo em português, lojas brasileiras, revistas e canais fornecedores de conteúdo nipo-brasileiro, agências do Banco do Brasil, e muito mais. Para ler mais, clique aqui.
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