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Japonês que passou décadas no corredor da morte deve ser julgado novamente

O Tribunal Superior de Tóquio proferiu uma decisão que concede a Iwao Hakamada um novo julgamento. Hakamada foi sentenciado à pena de morte há mais de 50 anos por um assassinato que resultou em quatro mortes, ocorrido em 1966, na província de Shizuoka.

A decisão afirmou que “é impossível concluir que ele foi o culpado”. 

Esta é a segunda vez que um tribunal decide que Hakamada provavelmente não é culpado do crime, que custou a vida de quatro pessoas, incluindo um fabricante de missô onde Hakamada trabalhava.

Já se passaram 57 anos desde sua prisão e o acusado já tem 87 anos.

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Em 2014, o Tribunal Distrital de Shizuoka determinou um novo julgamento, mas o Tribunal Superior de Tóquio reverteu a decisão.

Contudo, essa sentença foi revista pelo Supremo Tribunal do Japão, que remeteu o caso de volta ao Tribunal Superior para mais deliberações.

Na segunda rodada de julgamentos no Tribunal Superior de Tóquio, a questão em disputa foi a coloração das manchas de sangue nas roupas que os promotores alegaram pertencer ao assassino.

Essas roupas foram encontradas um ano e dois meses após o assassinato, em uma grande banheira de missô na fábrica de missô, sendo consideradas provas cruciais.

No momento em que a sentença de morte de Hakamada foi proferida, o tribunal aceitou que as roupas tinham sido escondidas na banheira imediatamente após o crime.

No entanto, as manchas de sangue tinham um tom avermelhado e, usando depoimentos de especialistas e resultados experimentais, a defesa argumentou que o sangue deveria ser marrom escuro se tivesse ficado embebido em missô por tanto tempo. 

A decisão mais recente considerou os experimentos e a opinião de especialistas confiáveis.

Caso as vestimentas com manchas de sangue não conseguissem ficar ocultas durante um período tão prolongado, teria sido inviável para Hakamada esconder tais itens, visto que ele foi detido cerca de um mês e meio após o ocorrido e permaneceu sob custódia desde então.

Hakamada ficou encarcerado por 48 anos e, depois que sua pena de morte foi confirmada, viveu em constante temor de ser executado.

Embora tenha sido solto da prisão em 2014, seu futuro ainda é incerto.

Desde seu primeiro pedido de um novo julgamento, já se passaram 42 anos. É um princípio fundamental nos julgamentos criminais que os interesses do réu sejam protegidos sempre que houver dúvida razoável.

Hakamada deve ser concedido seu novo julgamento de forma imediata.

Fonte: The Mainichi

Imagem: Tokyo Weekender

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