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O impacto das emoções dos pais nos filhos|Patrícia Garcia

Esse assunto é bem delicado e quero abordá-lo de uma forma simples e empática para todos. Vamos começar refletindo como você está? Como estão suas emoções? Sua mente e seu coração? Como estão suas reações mediante os desafios que você encara durante seu dia?

Você pode pensar “Nossa! Para que tanta pergunta?” e aqui vai a primeira dica: perguntas são extremamente valiosas, pois elas nos trazem consciências de estados, situações e sentimentos que escondemos, que não valorizamos ou que nunca imaginamos. As perguntas também dão opção para você e outras pessoas refletirem, sem serem julgados.

Caso você tenha respondido que está tudo ótimo para todas as questões acima, maravilha! Siga nesse ritmo. Agora, se alguma dessas perguntas tocou seu coração e você sentiu que não está tão bem assim, que bom! Temos alguém que consegue pensar e assumir que nem sempre consegue dar conta de tudo. E tá tudo bem.

O primeiro passo é reconhecer e aceitar. E o outro é buscar ajuda. “Mas eu não preciso de ajuda, ou eu não quero ajuda.” Certo! Mas se eu te disser que a forma que você lida com suas emoções e desafios impactam diretamente nos seus filhos e no restante da sua família???

Vamos imaginar que você está sobrecarregada, cansada, dormindo mal, preocupada com dinheiro, contas, saúde; a situação no trabalho não está legal e quando chega em casa tem que dar conta dos afazeres domésticos, dar atenção para as crianças, ajudar na lição de casa (que você não entende) e tantos outros desafios…

Nesse ambiente, acontece que seu filho, também está cansado e com fome, reage a uma ordem sua com desobediência. Você repete uma, duas, três vezes… Depois disso, o que se passa é você explodindo, literalmente! Seu filho se assusta e obedece. Resolvido! Aí, passamos para uma sequência de explosões, e assim a dinâmica da sua casa se transforma.

A longo prazo, você percebe seu filho um pouco mais mandão, gritando com frequência e com muita dificuldade para regular suas emoções (e aqui o comportamento pode variar conforme a criança) mesmo assim, há mais choro, raiva, medo e descontrole. Quando você reconhece que o comportamento do seu filho está agressivo ou mudou, isso vem como um alerta “algo está acontecendo” e provavelmente é na escola.

Caso você tenha identificado o cenário acima como a realidade da sua casa, quero lhe convidar a respirar e pensar novamente “Como estão as suas emoções? E como você tem lidado com os seus desafios?” Pois sim, você tem um papel fundamental na vida emocional do seu filho, e a forma como você lida com a sua vida impacta o seu filho.

O psiquiatra Dr. Arthur Guerra usa uma expressão muito boa para explicar como isso acontece. Segundo ele, “as crianças têm o que se chama de cultura da orelha. Elas podem estar distraídas com o tablet ou com jogos, mas mantêm a orelha permanentemente ligada. Eles percebem que algo não vai bem, até mesmo a dinâmica do casal”.

Isto pode impactar no rendimento escolar, prejudicar as relações dentro da própria família, como, por exemplo, maior agressividade, além das relações da criança com os amigos.

Arthur Guerra ainda coloca que “geralmente, crianças cujo pai ou a mãe não estão bem, são mais introvertidas, de poucos amigos. Elas se envergonham da situação que testemunham diariamente e que não entendem e passam a se retrair, pelo temor de que os amiguinhos possam testemunhar o mesmo que ela.”

Já a PhD em Educação, Joan Grusec, fala que “as práticas parentais (a forma como você educa seu filho) têm impacto poderoso sobre o comportamento e no desenvolvimento socioemocional e cognitivo da criança. Mesmo que essa prática não seja consciente e intencional”.

Agora, meu convite é: repense sobre as perguntas ali de cima e veja o que você pode fazer diferente. Se precisar de ajuda, busque um profissional. Se precisar de descanso, permita-se. Se precisar chorar um pouquinho, tudo bem.

E toda vez que sentir que vai explodir, pare, respire, peça um tempo e se afaste um pouco do que gera essas emoções. Quando se restabelecer, você pode retomar com mais consciência e serenidade o assunto e tomar melhores ações. Isso é o princípio da inteligência emocional! E vale para todos.

Se você quer saber mais sobre inteligência emocional para pais, pergunte sobre nossa MENTORIA.

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Matéria por Patrícia Garcia

Imagens de destaque e da matéria retiradas do Canva

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