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Oficial de imigração diz que detento brasileiro homossexual tem ‘problema mental’

direito dos homossexuais

Segundo informações do jornal Mainichi, um legislador japonês está exigindo respostas depois que um funcionário da Imigração de Nagoya disse a um brasileiro na casa dos 20 anos que ele tem “um problema mental”.

O caso aconteceu no Escritório Regional de Serviços de Imigração de Nagoya. Segundo as informações, o funcionário disse temer que o brasileiro fizesse algo devido à sua orientação sexual.

“Dizer que o homem tem um problema psicológico carece de consciência básica sobre minorias sexuais. Além disso, a preocupação do funcionário de que, o homem gay faria algo sexual com outro homem devido à sua identidade sexual, só pode ser visto como preconceito”, disse Taiga Ishikawa.

Taiga Ishikawa é o primeiro legislador que assumiu ser homossexual. Ele é membro da Câmara dos Conselheiros do Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP), o partido da oposição.

Crédito: Kyodo/ Taiga Ishikawa (ao centro)

Ishikawa pretende questionar o ministro da Justiça, Ken Saito, sobre o caso no Comitê de Assuntos Judiciais da câmara alta.

O incidente chegou ao legislador por Akemi Mano, de 69 anos, chefe de um grupo que luta contra violações de direitos humanos no departamento de Imigração de Nagoya.

Crédito: Mainichi/Shinichiro Kawase

Ela se encontrou com o brasileiro no dia 27 de fevereiro e soube do ocorrido.

Segundo Ishikawa e Akemi Mano, o brasileiro está detido desde outubro de 2022 no Escritório Regional de Serviços de Imigração de Nagoya. O jornal Mainichi relatou que após os comentários ofensivos do funcionário da imigração, aparentemente o brasileiro disse que “não veio ao Japão em busca de uma parceria romântica”.

Ainda segundo as informações relatadas, o funcionário aparentemente se desculpou após o comentário.

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Ishikawa exigiu a confirmação dos fatos. Além disso, ele também insistiu que os funcionários do centro de detenção necessitam de treinamento em direitos humanos.

Segundo as informações, o legislador pediu ao departamento de imigração para “garantir que as minorias sexuais não recebessem tratamento discriminatório extremo devido a sua sexualidade”.

O Departamento Regional de Serviços de Imigração de Nagoya disse que está “confirmando o assunto e não iria falar mais nada”.

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