Ataque ao gabinete do primeiro-ministro no Japão gera discussões sobre os hikikomori

No dia 19 de outubro, Atsunobu Usuda, de 49 anos, foi preso em flagrante após lançar coquetéis molotov na sede do Partido Liberal Democrata e avançar com um carro até o gabinete do primeiro-ministro em Tóquio.

O criminoso estava totalmente equipado com roupas de proteção e uma máscara de gás. Ele ainda usou um dispositivo para jogar líquido contra os policiais, antes de ser detido sob suspeita de obstrução da lei.

Atsunobu Usuda, que vive com o pai em Saitama, foi descrito como uma pessoa de difícil convivência, com histórico de “hikikomori” (isolamento social prolongado). Nos últimos anos, ele participou de protestos antinucleares, mas se distanciou dos movimentos após o falecimento de um líder.

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O ataque recente teria motivação política, embora as investigações sigam em andamento para entender o planejamento do ato, visto que ele estava estocando materiais em casa por um tempo prolongado.

O caso gerou uma reação rápida do primeiro-ministro, Ishiba Shigeru, que reforçou medidas de segurança durante o período eleitoral e ressaltou o compromisso com a democracia.

Além disso, o governo pretende ampliar a campanha de conscientização sobre segurança e potencializar o suporte para os ”hikikomori”, grupo em que o suspeito se encaixa.

Hikikomori são pessoas que se isolam socialmente, muitas vezes por longos períodos, evitando qualquer interação com o mundo exterior. Esse fenômeno é comum no Japão e está ligado a fatores como pressão social, ansiedade e dificuldades de adaptação.

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Imagem de destaque: Canva