Atualização: número de mortos sobe para 92 em Ishikawa enquanto a busca por sobreviventes continua
Mais de 72 horas se passaram após um forte terremoto atingir a costa do Mar do Japão no primeiro dia do ano, deixando pelo menos 92 pessoas mortas na província de Ishikawa e mais de 400 feridos.
O forte terremoto que atingiu a região central de Noto, foi seguido por réplicas e condições meteorológicas desfavoráveis, como fortes chuvas e baixas temperaturas, agravando ainda mais a situação e dificultando o resgate de pessoas presas sob os edifícios desabados.
Até a última atualização das autoridades, 92 pessoas foram confirmadas como mortas na província de Ishikawa devido ao forte terremoto e 464 pessoas ficaram feridas somente em Ishikawa, com um total de mais de 60 casos também nas províncias vizinhas de Toyama e Niigata.
As autoridades disseram nesta sexta-feira (5) que há pelo menos 242 pessoas desaparecidas.
As operações de resgate foram dificultadas pelo afastamento geográfico dos municípios que sofreram o impacto do desastre, uma vez que o acesso por terra é limitado e os navios emborcados impediram o estabelecimento de uma rota marítima.
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As autoridades continuam a avaliar a extensão total dos danos causados a edifícios e casas na área, especialmente nas cidades onde o impacto do terremoto foi mais grave. Até a tarde de quarta-feira (3), mais de 200 casas em Ishikawa foram confirmadas como total ou parcialmente demolidas. Nas províncias vizinhas, 420 casas em Niigata e 57 em Toyama também foram danificadas.
Falta de energia e suprimentos básicos
Quatro dias se passaram desde o terremoto, mas muitas partes da província de Ishikawa continuam isoladas. Milhares de casas em toda a área ainda enfrentam escassez de energia e água, apesar dos esforços das Forças de Autodefesa e pessoas de todo o país para levar suprimentos para as áreas afetadas.
Cerca de 30.000 famílias ficaram sem eletricidade em Ishikawa, na costa do Mar do Japão, e cerca de 89.800 casas na província e em duas regiões vizinhas ficaram sem água.
O acesso foi bloqueado a pequenas comunidades na região mais atingida da Península de Noto, com 300 pessoas esperando desesperadamente por ajuda numa escola na cidade de Ooya, na área de Suzu.
No entanto, à medida que o governo intensificou os esforços para desobstruir estradas em direção a Wajima e Suzu, a entrega de suprimentos pode ser realizada.
Além disso, a entrega de suprimentos por via marítima também está em andamento em seis portos em Ishikawa, com a distribuição de água pela Guarda Costeira no porto de Nanano começando na tarde de quarta-feira (3).
Um grande navio abastecido com suprimentos e água está a caminho, saindo de Kyushu para a área de Noto, e deverá chegar na tarde desta sexta-feira (5).
O primeiro-ministro Fumio Kishida disse numa conferência de imprensa que o terremoto é “a pior catástrofe” dos últimos anos, acrescentando que o acesso à região mais atingida da Península de Noto continua a ser um desafio devido à sua geografia e aos tremores secundários que se seguiram ao terremoto.
“A situação continua difícil, mas continuaremos a fazer o nosso melhor para apoiar as vítimas”, disse Kishida.
Kishida também acrescentou que no início da próxima semana, o governo dedicará oficialmente fundos de reserva na ordem de ¥ 3 bilhões a ¥ 4 bilhões para a área, um valor próximo ao dobro do que o governo alocou para Kumamoto após um terremoto em 2016 e em resposta às inundações torrenciais que atingiram Kyushu em 2020.
Para mais informações sobre as doações para as áreas afetadas, acesse o site da Cruz Vermelha, clicando aqui.
VÍDEO:
Imagem de destaque: ANN News/ Reprodução YouTube
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