Embaixada do Japão na China recebe mais de 400.000 ligações incômodas sobre Fukushima

Mais de 400.000 ligações incômodas foram feitas à Embaixada do Japão em Pequim desde que a liberação da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima começou no final de agosto, disseram fontes do governo japonês na terça-feira (19).

Devido ao crescente sentimento anti-Japão na China, o número diário de chamadas de assédio recebidas pela embaixada atingiu o pico de mais de 40.000 no dia 25 de agosto, um dia após o início da liberação e manteve-se em cerca de 10.000 ligações diárias.

Tóquio solicitou repetidamente ao governo chinês que ele intervisse, dizendo que as ligações impedem as operações na embaixada, mas a situação ainda não foi controlada, segundo as fontes.

O Japão também registrou um aumento no número de chamadas telefônicas incômodas vindas da China, além do boicote do governo chinês aos produtos marinhos japoneses.

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Na maioria dos casos, os interlocutores criticaram duramente o Japão pela liberação da água em Fukushima ou apenas permaneceram em silêncio. No entanto, algumas ligações ameaçadoras também foram feitas para a embaixada, segundo as fontes.

A embaixada manteve registros dos números de telefone associados a chamadas de assédio grave, denunciando-os às autoridades de segurança pública chinesas.

“Nunca deveríamos suportar silenciosamente o assédio”, disse um funcionário do governo japonês.

As leis chinesas estipulam que os indivíduos que frequentemente fazem chamadas incômodas para perturbar a vida de outras pessoas devem ser responsabilizados. Um funcionário do governo chinês enfatizou que a China é governada pelo Estado de direito e toma as medidas necessárias para combater os atos criminosos.

O governo chinês continua a opor-se fortemente à decisão do Japão, chamando a água tratada de “contaminada nuclearmente” e exigindo a sua suspensão imediata.

Imagem de destaque: Canva