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Escola em Tóquio adota abordagem liberal: Alunos têm liberdade para pintar cabelo, unhas e usar piercings

Embora revisões estejam ocorrendo em todo o país nos últimos anos, ainda há relatos de existência de regras escolares autoritárias. Até que ponto é necessário impor restrições aos alunos?

Uma escola secundária afiliada da Universidade Chuo em Koganei, Tóquio é totalmente diferente da clássica escola japonesa que conhecemos. Nessa escola os alunos têm liberdade para pintar o cabelo, pintar as unhas e ter furos na orelha – essa escola é conhecida como uma “escola sem regra”.

A escola adota como princípios educacionais a “autonomia e autodisciplina”, valorizando a capacidade dos alunos de tomar suas próprias decisões. Isso também se aplica à aparência pessoal.

O diretor Ishida afirma que se os adultos ao redor interferirem demais, “eles podem acabar privando os alunos da oportunidade de pensar por si”.

No entanto, a escola não foi sempre assim, com uma atmosfera tão livre desde o início. Durante os tempos em que era uma escola só para meninos, havia regras rigorosas chamadas de “Código de Conduta do Aluno”.

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Eles proibiam o uso de roupas diferentes e exigiam que os alunos cumprimentassem os professores quando os vissem durante a entrada ou a saída da escola. Essas regras tinham claramente a natureza de controlar e regular os alunos.

No entanto, em 1970, a onda dos protestos estudantis nas universidades também atingiu o ensino médio.

Os alunos da época se rebelaram contra as restrições severas e exigiram sua abolição. Parece que alguns alunos até construíram barricadas dentro da escola, adotando medidas bastante radicais. A escola enfrentou diretamente essas reivindicações dos alunos e decidiu abolir o Código de Conduta do Aluno.

Como os alunos atuais veem a ausência de regras escolares?

Sinceramente, não entendo a necessidade de ter que ter o cabelo preto“, disse uma aluna de 17 anos, que está no terceiro ano. Ela mesma tem cabelo loiro e usa piercings, mas não acredita que isso afete seu desempenho acadêmico. “Mesmo que as regras sejam rigorosas até o ensino médio, quando você se torna universitário, tudo é permitido, certo? Então, acho que é uma coisa boa poder decidir nossa aparência desde o ensino médio.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Nippon em 2022, com jovens de 17 a 19 anos em seis países diferentes, o Japão obteve a menor pontuação, com apenas 26,9% dos participantes acreditando que podem mudar o país ou a sociedade por meio de suas ações.

Em contraste, outros países registraram percentuais consistentemente acima de 50%, com destaque para a Índia com 78,9%, seguida pela Coreia do Sul com 61,5% e Estados Unidos com 58,5%.

Na mesma pesquisa, a proporção de jovens no Japão que se consideram adultos também foi significativamente baixa, chegando a apenas 27,3%, em comparação com outros países.

Fonte: Mainichi

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