Expo 2025 Osaka celebra cultura brasileira com dança de quadrilha

Osaka, 21 de abril – No palco Arena “Matsuri” da Expo 2025 Osaka, o público pôde assistir à apresentação da tradicional dança de quadrilha brasileira. O show, intitulado “Tsunagu”, foi protagonizado por pais e alunos do Projeto Construir Artel, de Osaka, visando conectar pessoas e culturas.

A Comissária-Geral do Brasil para a Expo 2025 Osaka, Maria Luisa Cravo Wittenberg, ressaltou que o Pavilhão Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), também trabalha para aproximar pessoas e promover um mundo mais sustentável.

Fortalecendo laços entre Brasil e Japão

Durante a abertura, Luzia Tanaka, coordenadora do Projeto Construir Artel, comemorou a participação na Expo 2025. “Celebramos 130 anos de amizade entre Brasil e Japão e 35 anos de presença da comunidade brasileira no país, fortalecendo ainda mais essa relação construída ao longo dos anos”, declarou.

Uma das participantes, Maia Hanayama, de 21 anos, contou sobre sua trajetória no Artel, onde estudou desde o ensino primário até o ginasial, e hoje atua como voluntária. “O Projeto Construir Artel foi essencial para mim. Quando sofri ijime (bullying), encontrar os amigos na Artel era meu refúgio”, relembrou. Maia sonha em conhecer outros países, incluindo o Brasil, após concluir a faculdade.

Sua mãe, Maria, também participou da apresentação. Ela compartilhou sua emoção de dançar e mostrar a cultura brasileira na Expo. “Já visitei o Pavilhão Brasil e adorei a alegria do ambiente, especialmente a primeira parte da exposição com jogos de luzes”, comentou.

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Intercâmbio cultural e participação no Pavilhão Brasil

O grupo contou com mais de 30 pessoas, incluindo famílias brasileiras e vietnamitas. Eles também participaram do Radio Taisso (ginástica japonesa) vestidos com “parangoromos”, trajes distribuídos no Pavilhão Brasil.

O “parangoromo” é inspirado no poema “Parangoromos”, de Haroldo de Campos, e na fusão entre o parangolé (criação do artista brasileiro Hélio Oiticica) e o hagoromo (vestimenta tradicional japonesa). O espaço no Pavilhão, chamado Sala dos Parangoromos, convida os visitantes a interagir, pintando rosto ou mãos com tinta branca.

Os Parangolés, criados a partir dos anos 1960, são capas, bandeiras e estandartes feitos para serem vestidos e movimentados, transformando o espectador em parte viva da obra. No Pavilhão Brasil, essa experiência reforça a proposta de participação ativa e transformação.

Manifesto de transformação

Segundo Danilo Watanabe, coordenador geral da Parte Criativa do Pavilhão Brasil, a curadora Bia Lessa idealizou um espaço de transformação: “O visitante entra de um jeito e sai transformado”. O pavilhão é um grande manifesto, com portas transparentes simbolizando abertura ao mundo e à coletividade. “Ninguém faz nada sozinho. Somos parte de um ecossistema. Só será possível mudar o mundo se formos juntos”, conclui Watanabe.

Visite o Pavilhão Brasil na Expo 2025 Osaka. O Pavilhão Brasil fica na Empowering Lives Zone, P26.

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