Japão inicia nova campanha de vacinação contra o coronavírus antes do aumento dos casos no inverno

Uma nova campanha de inoculação contra a Covid-19 começou em todo o Japão nesta quarta-feira (19), preparando os residentes para um aumento esperado nas infecções durante o inverno.

A vacina, que ainda estará disponível gratuitamente para todos, tem como alvo a XBB.1.5 que se derivou da variante XBB, sendo um vírus “recombinante” de duas cepas ômicron anteriores.

O governo japonês decidiu que as vacinas contra o coronavírus serão oferecidas gratuitamente até março de 2024. A partir do próximo ano, uma vacina contra a COVID-19 estará disponível mediante o pagamento de uma taxa, assim como as vacinas contra a gripe durante o outono/inverno.

Quem é elegível para receber as vacinas nesta nova campanha?

Todas as pessoas com 6 meses ou mais são elegíveis para a nova vacina. No entanto, o governo está a promover ativamente a vacina apenas para aqueles com 65 anos ou mais e para aqueles com problemas de saúde subjacentes, uma vez que o risco de desenvolver sintomas graves através da infecção é maior para eles do que para o resto da população.

A variante Ômicron do coronavírus e suas numerosas sub-linhagens podem “escapar” dos efeitos das vacinações anteriores, por isso os funcionários do Ministério da Saúde dizem que o principal objetivo da atual vacinação é prevenir a gravidade da doença e não tanto a infecção em si.

As pessoas que receberam a inoculação durante a campanha de reforço da primavera podem ser vacinadas na atual campanha se tiverem passado três meses desde a última dose.

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Que tipo de vacinas serão usadas?

O Japão usará versões atualizadas de vacinas projetadas contra o XBB.1.5. A Pfizer e a Moderna receberam recentemente aprovações do Ministério da Saúde para as suas vacinas de mRNA contra esta subvariante. O XBB e seus derivados são atualmente o tipo predominante de coronavírus no Japão e no exterior.

Tanto a Pfizer quanto a Moderna afirmaram que suas vacinas XBB.1.5 aumentam os anticorpos neutralizantes contra EG.5 e BA.2.86 –ambas ramificações da variante Ômicron.

Na semana até 10 de setembro, a EG.5, uma versão mutada da subvariante Ômicron XBB.1.9.2, foi a cepa mais dominante no Japão e estimada em 57% de todos os casos, seguida por vários subtipos de XBB.

Enquanto isso, a BA.2.86 preocupou inicialmente os especialistas devido ao elevado número de mutações nos seus aminoácidos, mas a sua propagação tem sido lenta.

Segundo o Ministério da Saúde, uma vacina contra a COVID-19 ajuda a prevenir a infecção ou o agravamento da doença por dois a três meses após a inoculação, ao mesmo tempo que oferece proteção contra doenças graves para mais de um ano. O ministério disse que uma dose de reforço compatível com a cepa em circulação pode fornecer proteção adicional contra sintomas graves.

Imagem de destaque: Canva