Japão pretende abrir espaço para motoristas estrangeiros em meio à escassez de trabalhadores

A força de trabalho interna do Japão enfrenta escassez de trabalhadores em diversos setores devido ao declínio da população, fazendo com que cada vez mais indústrias necessitem da contratação de estrangeiros.

A indústria de táxis, em particular, é dominada por idosos, com a idade média dos motoristas chegando a 58,3 anos no ano fiscal de 2022.

O governo japonês começou a considerar a abertura da indústria dos transportes aos motoristas estrangeiros de caminhões, autocarros e táxis, acrescentando-os a uma categoria específica de residentes.

Em abril de 2024, as horas extras para caminhões e outros motoristas serão limitadas a 960 horas por ano, gerando preocupações de que a escassez de trabalhadores no setor se agrave ainda mais.

O Ministério de Terras, Infraestruturas, Transportes e Turismo está discutindo o assunto com a Agência de Serviços de Imigração, à medida que pretende adicionar a indústria do transporte à categoria de “trabalhador qualificado específico”, um estatuto para estrangeiros que estão prontos para trabalhar em setores que sofrem com a falta de trabalhadores.

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No Japão, é necessário que a pessoa tenha a carta de motorista japonesa para dirigir. Também é obrigatório que os motoristas tenham uma “carteira de classe 2” caso transportem passageiros em ônibus e táxis.

As autoridades estão avaliando como apoiar os estrangeiros com a barreira linguística, pois muitos testes de classe 2 são realizados apenas em japonês.

O ministério ainda determinará o número de cidadãos estrangeiros que podem ser aceitos nos próximos cinco anos, e como desenvolverá os testes de competências para motoristas para garantir uma condução segura. Alguns testes incluem habilidades de cargas e descarga de bagagem e comunicação com os clientes.

O governo japonês estabeleceu um limite máximo de 345.150 cidadãos estrangeiros em 12 áreas industriais, incluindo cuidados de enfermagem e construção, durante os cinco anos a partir do ano fiscal de 2019.

Em resposta, um funcionário da agência de imigração disse: “A ideia não é contratar a mão-de-obra barata de estrangeiros, mas sim ter uma situação vantajosa para ambos, japoneses e estrangeiros”.

Imagem de destaque: Canva