“Sou brasileiro e caí em golpe no Japão”, história de alerta para evitar prejuízos em viagens

Yuji Teruya (30), foi uma das vítimas de um golpe que ocorreu em 2016, quando um grupo de pessoas tentou viajar para a Tailândia.

Yuji Teruya, mais conhecido como Toloud, é um dos nossos colaboradores aqui no site e relatou como sofreu golpe no Japão.

Toloud conta que sua ex-namorada soube por meio da amiga de sua sogra na época, que uma viagem para a Tailândia estava sendo organizada por um preço muito barato.

Para a viagem era necessário pelo menos 20 pessoas para todos conseguirem um preço mais acessível. Então, Toloud pagou cerca de 20 mil ienes por mês durante quatro meses. Valor pago por sua ex-namorada, que entregava o dinheiro para a amiga da mãe e esta repassava para a agência que organizava a viagem.

Toloud achava que tudo estava sendo organizado corretamente, já que recebeu a camisa com o nome da agência para usar no aeroporto, e tudo parecia estar dentro do previsto.

No dia da viagem, ele foi para o aeroporto de manhã e não percebeu nada de estranho.

“Só percebi ser golpe quando eu estava na fila para fazer o check-in. Era uma sexta-feira, eu lembro que de quinta para sexta eu estava passando mal e não fui trabalhar. E mesmo assim fui para o aeroporto. Chegando lá, a N. da agência estava lá. Estava todo mundo, todos os grupos. Tinha no total umas 20 pessoas, eu acho. Todo mundo com a mala e feliz da vida.”, disse Toloud.

A pessoa responsável pela agência estava no aeroporto para dar assessoria, e havia falado para o grupo da viagem, que era para esperarem que ela traria todas as passagens e entregaria.

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Nessa hora todos perceberam haver algo estranho. A responsável da agência, a N., não voltava com as passagens e ninguém sabia onde ela estava.

Quando foi finalmente encontrada, disse que não conseguiu marcar a viagem no dia correto e que não tinha os tickets de todos.

Mas logo foi descoberto que nenhuma viagem havia sido marcada e que a agência havia desaparecido com o dinheiro das vítimas.

Não havia nenhum contrato assinado e, por isso, não havia provas para que a golpista fosse presa.

As vítimas tiveram que voltar para casa e decidiram entrar com um advogado para tentar recuperar o dinheiro. Após dois anos, o dinheiro foi reembolsado, mas a golpista ainda estava solta.

“Sou brasileiro, e caí em golpe no Japão, naquela época eu não pensei que haveria golpe desse jeito”, disse ele.

Toloud aconselha a todos a verificar se a pessoa que está organizando a viagem realmente possui um escritório e se há pessoas que já usaram os serviços da agência.

Ele sugere ter um histórico de conversas com a pessoa responsável e evitar acordos feitos apenas de boca. Ele ainda alerta que a situação poderia ter sido pior se a golpista tivesse conseguido os passaportes e outros documentos das vítimas.

É essencial verificar se a pessoa ou empresa é confiável, procurar referências e ter um contrato formal para garantir a segurança da transação. É importante lembrar que golpes podem acontecer em qualquer lugar, e estar alerta é a melhor maneira de evitar prejuízos financeiros e emocionais.