“Terrorismo do sushi”: restaurante desiste de processo milionário contra adolescente

A operadora de uma grande cadeia de sushi de esteira desistiu de seu processo de indenização contra um adolescente que causou um prejuízo gigantesco à empresa após ser filmado lambendo uma garrafa de molho de soja e colocando saliva nos sushis.

Na ação movida no Tribunal Distrital de Osaka em março, a Akindo Sushiro Co. buscou uma indenização de aproximadamente 67 milhões de ienes (US$ 470.000) do jovem de 17 anos, dizendo que sofreu uma queda acentuada no número de clientes depois que o vídeo foi divulgado.

Entretanto, as duas partes chegaram a um acordo “razoável” no final de julho, com a empresa dizendo que o cliente admitiu sua “responsabilidade”, sem revelar mais detalhes.

“Terrorismo do sushi“

Segundo a denúncia, o jovem foi a um restaurante da rede Sushiro na província de Gifu com um amigo no dia 3 de janeiro. Ele foi filmado lambendo uma garrafa aberta de molho de soja e uma xícara de chá e, em seguida, colocando saliva em um prato de sushi que passava pela a esteira.

O vídeo, publicado nas redes sociais no final de janeiro, foi amplamente compartilhado e começou a revelar uma série de casos semelhantes.

A empresa, com sede na província de Osaka, disse que o incidente gerou preocupações dos clientes sobre o gerenciamento de higiene não apenas da loja de Gifu, mas de centenas de restaurantes em todo o país.

Os preços das ações também foram afetados, com a capitalização de mercado de sua controladora caindo mais de 16 bilhões de ienes de 30 a 31 de janeiro, segundo a empresa.

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O advogado que representa o menor se recusou a comentar alguma coisa sobre o caso.

Entretanto, o jovem lamentou suas ações, e pediu ao tribunal que rejeitasse o processo, com seu representante legal argumentando que o declínio no número de clientes também poderia ser atribuído à concorrência com restaurantes rivais.

O adolescente enfrenta acusações de danos materiais e foi encaminhado aos promotores no mês passado. Na terça-feira (1), ele foi enviado a um tribunal de família que lida com casos criminais envolvendo menores.

Após o vídeo ser amplamente compartilhado nas redes sociais, surgiram uma série de vídeos semelhantes. No entanto, nos casos em que pessoas maiores de idade estavam envolvidas, elas foram presas.