Como é ser cabeleireira no Japão? A verdade que ninguém conta

Ser cabeleireira no Japão exige mais do que talento com tesoura e pincel de coloração. É preciso estudar, superar barreiras culturais, dominar o idioma e, muitas vezes, criar o próprio espaço em um mercado altamente competitivo. Heloísa Harumi, nipo-brasileira nascida no Japão, encarou tudo isso e hoje atende em um dos salões mais respeitados de Nagoya. Nesta entrevista, ela compartilha sua trajetória, desafios e conquistas, e inspira quem sonha seguir o mesmo caminho. Confira a entrevista completa, e assista ao vídeo no final da matéria!

Heloísa nunca imaginou que se tornaria cabeleireira no Japão. Ainda no colegial, uma amiga convidou Heloísa para visitar uma escola de cabeleireiro, o que era apenas uma companhia virou uma paixão imediata. “Foi tão divertido que, no mesmo dia, eu decidi que queria estudar aquilo”, conta. Ela optou pela escola técnica Nagoya Biyo Semongakko, onde estudou durante dois anos.

O que chamou sua atenção foi o sistema rígido e desafiador da escola, com provas técnicas mensais e premiações para os melhores. Heloísa se destacou, conquistando inclusive o broche de ouro, entregue apenas aos melhores alunos.

Para atuar legalmente como cabeleireira no Japão, é obrigatório cursar dois anos de Semongakko e passar na prova nacional chamada Kokkashiken. Heloísa destaca que a parte prática é acessível com treino, mas a teoria, especialmente a matéria sobre leis da beleza, exige dedicação.

“Mesmo sendo fluente em japonês, tive dificuldade. Era um vocabulário muito formal e com kanjis que não usamos no dia a dia.”

Apesar da alta demanda, o início da carreira costuma ser difícil. Heloísa lembra que, como assistente, chegou a ganhar apenas 120 mil ienes por mês. Muitos desistem nessa fase. “Tem gente que faz o curso, mas nunca chega a trabalhar na área porque é puxado mesmo.”

Heloísa deixa um recado sincero para quem está estudando ou pensando em se tornar cabeleireira no Japão:

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“O importante é continuar. No começo é difícil, mas com perseverança dá certo. E uma dica que aprendi com meu chefe: quem não é visto, não é lembrado. Invista nas redes sociais, mostre seu trabalho, seu nome precisa aparecer. Uma hora, vai dar certo.”

Quer fazer o cabelo com a Heloísa?

Ela atende no salão Moniqa – unidade Kakuōzan, Nagoya. Para marcar horário, entre em contato com ela pelo Instagram: [@helohair].

📍 Especialista em mechas e coloração
⏰ Atendimentos com hora marcada (via Instagram ou Hot Pepper)
🌐 Atendimento em português e japonês