Japão exigirá que creches e escolas bloqueiem o emprego de criminosos sexuais

O Japão planeja exigir que creches, jardins de infância e escolas usem um sistema governamental para confirmar que aqueles que se candidatam para trabalhar não sejam criminosos sexuais condenados, disseram fontes próximas ao assunto na segunda-feira (21).

O sistema, semelhante ao certificado britânico do Serviço de Divulgação e Barramento, está agora a ser discutido por um painel de especialistas da Agência para Crianças e Famílias, em resposta a uma série de casos de abuso sexual cometidos por professores e babysitters no Japão.

A agência planeja submeter um projeto de lei relevante a uma sessão parlamentar neste outono, disseram as fontes.

No Japão, o licenciamento para professores e cuidadores de crianças é supervisionado por diferentes departamentos governamentais, tornando difícil para as autoridades impedir que uma pessoa com histórico de crimes sexuais alterne entre profissões que envolvem crianças.

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Conforme o sistema previsto, uma entidade pública emitirá um certificado comprovando que os requerentes não sejam criminosos sexuais condenados. Cursinhos, clubes esportivos e outros operadores privados não seriam obrigados a usar o sistema.

Os pais e os grupos de apoio às crianças têm apelado à criação de um tal sistema, mas alguns especialistas têm sido críticos, argumentando que infringe os direitos de privacidade e a liberdade de escolha da profissão, ambos protegidos pela Constituição.

O governo tem discutido a sua resposta à questão desde que dois homens registados numa aplicação de correspondência de babysitters foram detidos separadamente em 2020 por agredirem sexualmente crianças sob os seus cuidados.

No início deste mês, um ex-professor de um cursinho administrado pela Yotsuya Otsuka Inc. foi preso por supostamente tirar fotos de uma menina do ensino fundamental de calcinha em uma sala de aula de Tóquio.

Imagem: Canva