Japão reforçará sua resposta às drogas em meio a uma série de efeitos adversos entre os jovens

O governo japonês está planejando reforçar a sua resposta à venda de drogas “tecnicamente legais” em meio a uma série de casos em que jovens experimentaram efeitos adversos graves de certas substâncias, disseram funcionários do Ministério da Saúde no domingo (3).

Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, foi confirmado que alguns dos produtos, que incluem uma forma parcialmente alterada de cannabis, são mais prejudiciais do que a própria cannabis. Com a preocupação de surgirem mais casos, o ministério está investigando os vendedores e adicionou as substâncias à sua lista de “drogas perigosas” ilegais.

O ministério também disse que o governo pretende realizar uma reunião ainda este mês para formalizar uma resposta sobre as drogas, muitas vezes vendidas online e em lojas rotuladas como “cannabis legal”.

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Entre março e junho deste ano, nove pessoas que tomaram os produtos apresentaram sintomas, incluindo distúrbios de consciência e convulsões, sendo que oito delas necessitaram de hospitalização.

Em julho, o ministério realizou inspeções em três lojas nas províncias de Kanagawa, Osaka e Tokushima e ordenou que cessassem as vendas de drogas “tecnicamente legais”.

A lei japonesa limita a presença de tetrahidrocanabinol, um composto psicoativo que ocorre naturalmente nas folhas e flores da cannabis. No entanto, a substância nociva detectada nestas drogas é uma forma modificada de THC, com alterações na sua estrutura química que o isentam de controles legais.

O ministério refere-se à substância como um “análogo do THC” e afirma que os testes, inclusive em animais, demonstraram que ela é tão ou mais perigosa que o THC.

Em julho, o ministério adicionou dois medicamentos que tinha identificado como prejudiciais à saúde à sua lista de substâncias designadas conforme a lei sobre produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. Esta classificação os categoriza como drogas perigosas, tornando ilegal sua venda ou posse, exceto para fins médicos.

As drogas perigosas eram anteriormente conhecidas como “drogas ilegais“, o que passou a ser visto como um grande problema social por volta de 2013.

Imagem de destaque: Canva