População ultra-rica do Japão diminuirá até 2027

De acordo com um relatório recente de uma empresa britânica de consultoria imobiliária, a população ultra-rica do Japão encolherá 1,8% nos próximos cinco anos até 2027, sendo o Japão o único membro entre o Grupo das Sete nações industrializadas a ver um declínio nesse período.

O Japão, no entanto, continuará abrigando o segundo maior número de indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto – uma só pessoa com um patrimônio líquido de pelo menos US$30 milhões – na Ásia, atrás da China continental, conforme o último Relatório Anual de Riqueza realizado por Knight Frank.

O número dessas pessoas super-ricas no Japão, a terceira maior economia do mundo, é estimado em 21.859 em 2027, abaixo dos 22.259 em 2022. Um funcionário da Knight Frank atribuiu o encolhimento da população do Japão como um dos principais fatores para o declínio esperado.

A população do Japão deve cair de 125 milhões em 2022 para 122 milhões em 2027, representando uma queda de 2,3%, conforme o Instituto Nacional de Pesquisa de População e Seguridade Social.

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Globalmente, a população de indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto caiu 3,8% em 2022 em relação ao ano anterior, com muitos deles vendo sua riqueza cair em meio a uma série de “choques” que atingiram a economia global, como a guerra da Rússia na Ucrânia e o aumento da inflação que levaram a aumentos agressivos das taxas de juros. Mas o relatório espera que a população global de ultra-ricos aumente em 28,5%, para cerca de 745.000 em 2027, dizendo que acredita que um pico nas taxas de juros está se aproximando e expressando otimismo sobre os mercados imobiliários globais.

Por região, estima-se que a Ásia veja sua população ultra-rica aumentar em 39,8%, para cerca de 210.000 em 2027 a partir de 2022. A parte continental da China verá o número crescer quase 50%, para cerca de 132.000 em 2027, de cerca de 88.000 em 2022. Os Estados Unidos continuarão a ter o maior número desses super-ricos, com expectativa de crescimento de 24,6%, para cerca de 253.000 em 2027.

A maioria dos outros países do G-7, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, também espera um crescimento percentual de dois dígitos no número de ultra-ricos nos cinco anos até 2027, conforme o relatório.

Fonte: Japan Today