Professor de escola primária pede demissão após se envolver em atividades sexuais com colega de trabalho

Um professor de 40 anos de uma escola primária pública em Nagoya pediu demissão após uma colega de trabalho relatar às autoridades que eles se envolveram em atividades sexuais na escola entre 2019 e 2021.

O professor, que era casado na época, teria se interessado pela professora de 20 anos que estava solteira.

Segundo o relatório apresentado pela professora da escola primária em janeiro de 2023, os dois tornaram-se professores em turmas separadas da sexta série em abril de 2019. O professor de 40 anos servia como chefe da série.

De julho de 2019 até a transferência do professor para outra escola na primavera de 2021, ele supostamente tocava frequentemente os seios e as nádegas da professora dentro das instalações da escola e praticava atividades sexuais com ela no banheiro masculino. Ele também supostamente solicitou imagens explícitas dela, como fotos e nuas e de roupas íntimas.

“Não pude recusar os seus avanços, pois temia que, se rejeitasse, ele deixasse de me ajudar a partir do dia seguinte, causando ansiedade em relação ao trabalho”, explicou a professora em seu relatório.

“Me abstive de falar sobre isso por um longo tempo devido a preocupações com retaliação e pornografia de vingança, mesmo após a transferência do professor”, acrescentou.

A professora instou a escola primária a relatar o incidente ao conselho de educação local e considerar uma ação disciplinar contra o professor.

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O professor negou parcialmente as acusações durante a investigação do Conselho Municipal de Educação de Nagoya. Embora reconhecesse a relação extraconjugal e o seu pedido de imagens explícitas para a professora, ele negou seu envolvimento em atividades sexuais nas dependências da escola.

As informações sobre as atividades sexuais nas instalações escolares surgiram por meio de fontes externas.

O conselho municipal de educação entrevistou os dois professores até março de 2023, mas o professor recusou-se a comentar diretamente sobre o caso e nomeou um advogado como seu representante.

O professor apresentou condições para sua demissão e o pagamento da verba de liquidação à professora. As condições incluíam abster-se de responder a quaisquer outras perguntas do conselho de educação e a retirada das informações que a professora divulgou. Eles chegaram em um acordo em maio de 2023 e o professor pediu demissão no final de setembro.

Segundo um funcionário encarregado da investigação de casos escolares do conselho municipal de educação, “houve divergência nas declarações de ambas as partes e eles não puderam confirmar os fatos relativos às atividades sexuais nas dependências da escola”.

Segundo Ryo Uchida, professor de pós-graduação em sociologia educacional na Universidade de Nagoya, existe uma tendência cultural nas escolas do Japão de tentar superar incidentes que envolvam violência ou assédio por meio de orientação interna.

Em dezembro de 2022, o professor teria confessado ao diretor que praticou atividades sexuais na escola e disse que não percebeu que a professora estava apreensiva. Embora o professor tenha confessado, o diretor não comunicou o caso ao conselho de educação.

Em uma investigação do jornal Mainichi, o diretor disse que não comunicou o caso ao conselho de educação, pois o professor admitiu ter praticado atividades sexuais na escola posteriormente e, a essa altura, pensou que os dois professores estavam trabalhando para resolver o assunto de forma privada.

Se o conselho de educação tivesse confirmado que os professores se envolveram em atividades sexuais na escola, esse seria um caso que precisaria de uma ação disciplinar.

Imagem de destaque: Canva