Queda histórica do iene japonês: desafios e oportunidades para a economia do Japão

O iene caiu para seu nível mais baixo devido à desvalorização contínua e anos de deflação, à medida que o Banco de Compensações Internacionais (BIS) relatou que o iene teve a maior queda entre as moedas de 64 países e regiões.

O Japão depende muito de importações de alimentos e matérias-primas energéticas, enfrentando grandes dificuldades. Em maio de 2024, a “taxa de câmbio efetiva real” (REER) do iene foi de 68,65, o menor valor já registrado. Isso significa que o poder de compra do iene caiu mais de 30% desde 2020.

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A queda da “taxa de câmbio efetiva real” pode ser uma vantagem para exportadores, como fabricantes de automóveis, pois seus produtos ficam mais acessíveis para os compradores estrangeiros. No entanto, para a sociedade japonesa em geral, isso gera um aumento significativo no custo de vida, visto que os produtos importados se tornam mais caros.

Os três principais fatores que estão causando a desvalorização do iene atualmente:

●　Aumentos rápidos das taxas de juros nos EUA e Europa.
●　Pressão de baixa sobre o iene.
●　Preços mais altos no exterior comparados ao Japão.

Além disso, a dependência em combustíveis fósseis e a transferência de produção para o exterior contribuíram para déficits comerciais, quando um país gasta mais em importações do que recebe em exportações.

Para reverter a queda, o Japão precisa reformar sua economia e buscar crescimento sustentável, além de reduzir a diferença de taxas de juros com outros países.

A desvalorização do iene apresenta grandes desafios para o Japão, dessa forma é necessário implementar reformas estruturais e estratégias de crescimento para fortalecer a moeda e a economia.

Imagem de destaque: Canva