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Mais de 37.000 pedidos pelo fim das regras de “discriminação capilar” nas escolas japonesas

Mais de 37.000 pedidos pelo fim das regras de “discriminação capilar” nas escolas japonesas

Um grupo de direitos humanos apresentou este mês mais de 37.000 assinaturas ao Ministério da Educação, apelando à revisão das regras escolares injustas para acabar com a rígida ”discriminação capilar” que ocorre na maioria das escolas do Japão, correspondendo à textura do cabelo do aluno e/ou suas raízes genéticas.

As assinaturas foram submetidas ao Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia no dia 7 de setembro pelo Japan for Black Lives, uma organização que aumenta a conscientização sobre a discriminação racial e questões de direitos humanos. A representante da organização, Naomi Kawahara, comentou: “Percepções equivocadas nas escolas devem ser corrigidas rapidamente.”

A petição pede a proibição da discriminação capilar e a revisão de regras escolares problemática, além de apelar à criação de oportunidades para aprender com especialistas sobre a existência de cores e texturas de cabelo que não sejam cabelos lisos e pretos.

Tentar restringir as pessoas com regras uniformes e desconsiderar suas características individuais inatas é deixar de pensar e é um ato discriminatório que exclui quem não tem cabelos lisos e pretos”, destacou Kawahara.

A organização recebeu vários exemplos específicos de tal discriminação, com comentários que incluem: “Sou de herança mista do Oriente Médio, tenho cabelo encaracolado e tive que apresentar um certificado para provar que era meu cabelo é natural”, ou “A cor natural do meu cabelo é clara, mas suspeitavam que eu tingisse meu cabelo e vários professores tocavam nele com insistência” e ainda “Fui proibido de usar coque ou trança no meu cabelo”.


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O sociólogo Lawrence Yoshitaka Shimoji, pesquisador visitante da Universidade da Califórnia, disse em entrevista coletiva após o envio das assinaturas que, como as regras escolares estabelecem padrões de certo e errado com base na raça, isso pode levar a “microagressão”, como desrespeito e insultos na vida cotidiana. Ele acrescentou: “Há também o problema do bullying e da discriminação de grupo serem justificados com base nas regras da escola.”

O sociólogo acrescentou: “Há uma necessidade de reconhecer a realidade das escolas frequentadas por uma gama diversificada de indivíduos. Regras escolares irracionais e discriminatórias precisam ser melhoradas conforme a situação real”.

Na cidade de Himeji, na província de Hyogo, no oeste do Japão, um estudante do terceiro ano do ensino médio, filho de mãe japonesa e pai afro-americano, foi a uma cerimônia de formatura em fevereiro de 2023 com o cabelo trançado em um estilo tradicional, apenas para ser segregado e impedido de sentar-se com outros graduados.

Imagem: Canva

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