Japão promoverá uso de câmeras de segurança em escolas para coibir abuso sexual infantil

O primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou na segunda-feira (16) a intenção do seu governo de fornecer subsídios a creches e instituições educacionais para a instalação de câmeras de segurança como medida para prevenir o abuso sexual infantil.

Em contrapartida, o governo abandonou o plano de apresentar um projeto de lei destinado a criar um novo sistema para impedir que criminosos sexuais condenados tenham empregos relacionados com crianças durante a próxima sessão extraordinária do parlamento.

A questão desse tipo de abuso contra crianças chamou a atenção no Japão após acusações de que o falecido fundador da grande agência de talentos Johnny & Associates Inc., Johnny Kitagawa, abusou sexualmente de meninos e jovens ao longo de várias décadas.

Um dia antes de a agência mudar o seu nome para “Smile-Up” em meio ao escândalo, Kishida prometeu numa reunião governamental eliminar os crimes sexuais e a violência contra crianças, que ele descreveu como “graves violações dos direitos humanos”.

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O governo de Kishida está ansioso para ajudar escolas infantis e jardins de infância na instalação de câmeras de segurança para monitorar os funcionários em busca de qualquer conduta suspeita. Além disso, é esperado o fornecimento de divisórias para dar privacidade às crianças quando elas trocam de roupa.

Entretanto, o projeto de lei previsto para estabelecer um sistema referido como “DBS Japonês”, semelhante ao certificado do Serviço de Divulgação e Barramento do governo britânico, foi criticado dentro do Partido Liberal Democrata, no poder, pelo seu conteúdo. Alguns legisladores do LDP, liderados por Kishida, argumentaram que o sistema, que excluiria os cursinhos privados e os centros de cuidados infantis pós-escolares que carecem de supervisão pública, não seria eficaz.

Imagem: Canva